Hoje é o dia do animal de estimação, então vou falar um pouco de Manu, A Manuela Ferreira, Manuela Magrela, a minha filha bichológica, minha “massacote”, amiguinha de farras aqui na solidão dessa casa. Eu e ela sempre juntos. Manu foi encontrada por minha irmã, abandonada em uma estradinha, quando viu parar o carro, pulou no colo de minha irmã então não teve jeito. Depois minha mana a deixou de herança para mim quando mudou para a casa nova onde não podia ter cachorro. No começo eu não queria, mas jamais seria capaz de deixa-la na rua ou doá-la a alguém então acabei adotando-a. Não sei quem adotou quem. Quando ela chegou aqui após ser resgatada na estrada tratou de aprontar. Já nos primeiros momentos mostrou a que veio, rasgou a cortina da pia, deixando-a em farrapos, pendurou-se na cortina da janela e ficou lá balançado para lá e para cá o corpinho de filhote na maior farra. Foi até o banheiro e pegou a papel higiênico com a boca e saiu desenrolando-o pela casa a fora, embaraçou-se nele, tropeçou, caiu, ficou aquela maçaroca só ela e o papel. Roeu o pé de todos os móveis, quebrou coisas, derrubou a árvore de natal. Alguns meninos da rua a chamavam de a cachorra ninja, tamanha a sua habilidade para pular o portão, passar entre as grades e fugir para rua. Aprontou o que podia e não podia.
Fazia dupla com o poodle Sammy e eu chamava a dupla de
Piriguete e perigoso. Depois o perigoso teve uma doença perigosa e se foi. E ela
continuou por aí.
Comia todas as baratas, grilos, calangos, matava qualquer bichinho que encontrasse e já
passou aperto em muitos gatos por aqui.
Depois de um atropelamento aquietou-se e hoje tem muito juízo,
é já uma senhorinha de temperamento dócil, educadinha e uma grande amiga. Se dobra
toda para receber carinho e deita para que eu lhe coce a barriga.
Teve vários filhos que estão perdidos por aí
Continua comilona.
Converso muito com ela batemos altos papos e nos entendemos
bem. E vamos juntos
E só quem em bicho de estimação sabe como essa relação de amizade é gostosa e gratificante. Espero
que essa molequinha, essa menina peralta continue por aqui ainda por muitos
anos. Terá sempre o meu amor e os meus cuidados.
Afinal eu sou o seu humano de estimação.