O ocaso encolhe-se.
Espinhos são quebrados,
Cravos voam pelos ares.
Feridas sanadas.
O crepúsculo triste da cruz,
a noite dos horrores
transmutam-se em aurora radiante
e desabrocham em dia eterno.
Múcio Ataide
O ocaso encolhe-se.
Espinhos são quebrados,
Cravos voam pelos ares.
Feridas sanadas.
O crepúsculo triste da cruz,
a noite dos horrores
transmutam-se em aurora radiante
e desabrocham em dia eterno.
Múcio Ataide
Gosto de ver a nevoa na serra
E sentir o ar se transformando
Deixar cair sobre as mãos espalmadas
Os primeiros pingos
A terra cheira frescor
O verde vai ser mais verde
A semente dentro do chão acorda
E acorda também a flor
Vai desabrochando boas sensações
Boas expectativas
Uma esperança intrépida
Que não sabe de que nem porquê
Uma calma, e até um deixa para depois
Tudo muda, tudo se aquieta, se apreguiça.
Vida nova em mil dimensões.
Chuva por fora molha
Por dentro serena...
A poesia exala de mim
E vai tocar o lado de fora
Ela tem braços longos
Que se esticam bastante
Mãos hábeis que moldam
Moldam a realidade tão crua
Tal qual uma massa de bolo
Ela vai adicionando ingredientes
Em notável simbiose
fazendo a arte do sabor
Tal qual as mãos de oleiro
Suas mãos vão dando forma
Ao que sem forma está
E a magia se faz,
E o espanto vem
E isso faz muito bem.
Depois do seu toque nada mais é igual
A vida já não é mais pequena.
É um desabrochar
É um colorir
um êxtase
Neste site, um pouco da carreira literária de Múcio Ataide, seguindo o caminho das letras para brindar a vida e descobrir seus encantos e...