terça-feira, 22 de março de 2016

Sobre Política

Um amigo me perguntou  que eu penso sobre toda essa questão da crise política do Brasil, e o porquê de   não me manifestar nas redes sociais e blog sobre o assunto.

Então vou responder

Eu me dou o direito de não julgar, de analisar atitudes e aprova-las ou não, mas  minha omissão em  expor opinião se dá principalmente pela minha incapacidade de conhecer os fatos em sua profundidade e pelo emaranhado de informações de mil tendências que me bombardeiam   através de uma mídia também não muito confiável. Essa “verdade” que me é apresentada atende a que interesse? E esses dados “matematicamente” corretos, foram maquiados? Quem é quem? Quem é herói e quem é bandido  nesse jogo todo.   Todos acusam todos inocentam. O que eu realmente sei ou sou capaz de saber para formular uma opinião? É muito fácil escolher um lado e ter  opinião de forma leviana na onda do disse me disse, mas isso não é justiça e nem contribuirá para qualquer forma de mudança.  E se aquela verdade defendida de forma tão ferrenha por aqueles que acusam não é apenas uma peça no grande jogo ideológico que ocorre nessa torpe arena?  E se aquela defesa é outra peça? Na verdade não sabemos nada, pois mesmo   depois de algo “provado” ainda assim pode haver controvérsias. Provas são forjadas, testemunhas são falsas, a delação oportunista. O inocente pode ser o culpado e o culpado inocente.  A incerteza sempre vai pairar no ar. Por isso me dou direito de não ser leviano não julgar sobre algo que não presenciei. Vejo verdade e maldade muito próximas nesse jogo.
Antes tudo era definido, hoje já não sabemos quem é quem? Quem é direita quem é esquerda? Um mosaico de mil peças que vai desde o radicalismo daqueles que clamam por uma intervenção militar, uma posição que cheira  a  fascismo, um  resquício dos tenebrosos anos do governo militar, e que veladamente sempre existiu, um retrocesso de todas as conquistas da democracia e dos avanços sociais, passando pela classe burguesa que tenta retomar sua posição dominante  no modo de produção atual, maculada por esses trabalhadores “intrusos”, até uma esquerda totalmente desnorteado pela ausência de parâmetros e ideais. Quem é situação? Quem é oposição? Quem defende o povo e quem defende a elite?
Aqueles que fazem protestos são os mesmos que antes consideravam vagabundos os que protestavam. Hoje a situação é outra  e são eles quem protestam”. Tudo está pelo avesso.
Toma posse, perde a posse, ganha a posse, sou ministro, não sou mais, voltei a ser ministro. Quem é esse cara? Esse tal de “Bessias”? Hoje o modelito é verde e  amarelo amanha é vermelho. Comportem-se  não repitam a roupa nem expulsem os líderes. Será o “gorpe”? Se murar é hospício se colocar lona é circo. Uma confusão total, uma confusão tríplex.
Dancem de acordo com a música, e a música é o samba do crioulo doido. E batam panelas mas não cheias. O evangelho de domingo falava de atirar a primeira pedra, cuidado com o que vão atirar.
   O mundo dá voltas, antes tudo virava pizza agora vira coxinha. Lembrou-me aquela música: eles estão descontrolados...
Sinceramente não  vejo diferença quase nenhuma entre os herois e os bandidos dessa trama louca.  

Para que eu quero descer!!!

 Neste site,  um pouco da carreira literária de Múcio Ataide, seguindo o caminho das letras para  brindar a vida e descobrir seus encantos e...