Um amigo me perguntou que eu penso sobre toda essa
questão da crise política do Brasil, e o porquê de não me
manifestar nas redes sociais e blog sobre o assunto.
Então vou responder
Eu me dou o direito de não julgar,
de analisar atitudes e aprova-las ou não, mas
minha omissão em expor opinião se
dá principalmente pela minha incapacidade de conhecer os fatos em sua
profundidade e pelo emaranhado de informações de mil tendências que me bombardeiam
através de uma mídia também não muito confiável.
Essa “verdade” que me é apresentada atende a que interesse? E esses dados
“matematicamente” corretos, foram maquiados? Quem é quem? Quem é herói e quem é
bandido nesse jogo todo. Todos acusam todos inocentam. O que eu
realmente sei ou sou capaz de saber para formular uma opinião? É muito fácil
escolher um lado e ter opinião de forma
leviana na onda do disse me disse, mas isso não é justiça e nem contribuirá
para qualquer forma de mudança. E se
aquela verdade defendida de forma tão ferrenha por aqueles que acusam não é
apenas uma peça no grande jogo ideológico que ocorre nessa torpe arena? E se aquela defesa é outra peça? Na verdade
não sabemos nada, pois mesmo depois de algo “provado” ainda assim pode
haver controvérsias. Provas são forjadas, testemunhas são falsas, a delação
oportunista. O inocente pode ser o culpado e o culpado inocente. A incerteza sempre vai pairar no ar. Por isso
me dou direito de não ser leviano não julgar sobre algo que não presenciei. Vejo
verdade e maldade muito próximas nesse jogo.
Antes tudo era definido, hoje já
não sabemos quem é quem? Quem é direita quem é esquerda? Um mosaico de mil
peças que vai desde o radicalismo daqueles que clamam por uma intervenção
militar, uma posição que cheira a fascismo, um resquício dos tenebrosos anos do governo
militar, e que veladamente sempre existiu, um retrocesso de todas as conquistas
da democracia e dos avanços sociais, passando pela classe burguesa que tenta
retomar sua posição dominante no modo de
produção atual, maculada por esses trabalhadores “intrusos”, até uma esquerda
totalmente desnorteado pela ausência de parâmetros e ideais. Quem é situação?
Quem é oposição? Quem defende o povo e quem defende a elite?
Aqueles que fazem protestos são
os mesmos que antes consideravam vagabundos os que protestavam. Hoje a situação
é outra e são eles quem protestam”. Tudo
está pelo avesso.
Toma posse, perde a posse, ganha
a posse, sou ministro, não sou mais, voltei a ser ministro. Quem é esse cara?
Esse tal de “Bessias”? Hoje o modelito é verde e amarelo amanha é vermelho. Comportem-se não repitam a roupa nem expulsem os líderes. Será
o “gorpe”? Se murar é hospício se colocar lona é circo. Uma confusão total, uma
confusão tríplex.
Dancem de acordo com a música, e
a música é o samba do crioulo doido. E batam panelas mas não cheias. O
evangelho de domingo falava de atirar a primeira pedra, cuidado com o que vão
atirar.
O mundo dá voltas, antes tudo virava
pizza agora vira coxinha. Lembrou-me aquela música: eles estão
descontrolados...
Sinceramente não vejo diferença quase nenhuma entre os herois
e os bandidos dessa trama louca.
Para que eu quero descer!!!
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