quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Estrela

Autoria Múcio Ataide

Noite de natal, já era quase meia noite e eu saí à rua e fiquei olhando para o céu tentando ver a tal estrela brilhante que dizem que aparece nessa noite, ou quem sabe, um trenó cortando o espaço! Delírios do vinho, embriaguez da nostalgia! Enquanto olhava o céu divagava, refletindo sobre minha vida.
De repetente ao meu lado estava um mendigo, muito sujo e maltratado, barba grande e um rosto que me parecia familiar. Eu já o conhecia de algum lugar, pensei!   Estava ajoelhado à minha frente e suplicava algo para comer. Entrei na casa, fui até a mesa da ceia fiz um prato e dei a ele. O homem ficou muito contente e vi uma lágrima rolar de seu rosto e cair ao chão.   Ele agradeceu e foi embora muito feliz.
A lágrima brilhava na calçada e eu pensando nas injustiças e desigualdades desse mundo.

Aquela cena transformou minha alma. Aprendi a amar e entendi que a estrela que eu buscava no céu eu encontrei no chão.

***

conto participante  do
1º CONCURSO CASARÃO DE MINICONTOS 
da  Associação Casarão da Cultura Potiguar (Grupo Casarão de Poesia)

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