terça-feira, 28 de abril de 2020

Rodo

me sinto muito perdido
pelos tortos caminhos da vida
sentindo as pancadas do destino
nas muitas coisas vividas
a vida quer de mim coragem
viver e lutar o tempo todo
ir se moldando aos seus contornos
se acomodando aos múltiplos  entornos
do contrario ela  derruba e passa o rodo.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Algumas aldravias sobre meu cachorro e sobre a dor que sinto por causa de sua morte.

cãozinho
adeus
como
doí
meu
Deus

***
versos
emoção
cão
homenagem
para
amigão

***
aldravia
piou
cão
sempre
será
amor

***
lágrimas
molham
chão
posso
conter
não

***
morreu
amigão
so
lembranças
pelo
chão

***
cachorro
esperto
quer
sempre
dono
perto

***
Adeus
procê
pra
nunca
mais
ver

***
morte
tras
pavor
do
nunca
mais

***
quando
morreu
olhos
vidrados
nos
meus

***
adeus
paz
Sammy
até
nunca
mais

***
Animal
doente
perigo
doi
perder
amigo

***
morte
do
cão
amarga
igual
limão

***
O
cão
não
aguentou
o
latidão

***

pelo
do
cão
macio
como
algodão

***

amor
carinho
afeto
cão
bem
perto




quarta-feira, 22 de abril de 2020

O Momento crucial

Sentiu que os brilho do olhos do anjo branco mudou. Aquelas pulilas agora estavam vidradas.
chegara o momento crucial. Sabido mas repudiado por todo o sempre. 
E todo seu aspecto era diferente.
Sentiu o sopro da vida exaurindo-se  do corpo do seu amigo.
Então uma tristeza profunda o envolveu.
O cão estava morto
Sentou-se e fez um poema em homenagem a ele:

Anjo branco 

Meu anjo branco 
me fez melhor, me humanizou
Deu-me  lições de amor e amizade
de companheirismo,   lealdade 
e assim como veio, agora voou

Triste pensar que não mais verei
seus olhos inebriados de amor
seu jeito doce de me olhar
amava sem limites ou pudor
não mais sentirei seu pelo macio
nem a cabeça acariciarei
nossos momentos sempre, sempre 
comigo por onde for levarei. 

As lembranças agora saltitam
por todos os cantos da casa
na vasilha onde ficava a ração
até no compartimento de água
seu cheiro ainda está por aqui
são mil detalhes de vida 
estripulias, tristezas alegrias
milhões de coisas vividas. 


um anjo banco  que desceu
foi emprestado a mim 
fez-se presença ao meu redor
me ensinou a ser um ser melhor 
amigo leal  do principio ao fim. 
Adeus amigo...



segunda-feira, 20 de abril de 2020

Poema da quarentena

o poema da quarentena
tempo para poetar
não importa qual o tema
o importante é rimar
Rimando aos poucos se vai
descobrindo formas de se  expressar
brincando mostramos sentimentos
registramos  cada momento
exalando  beleza e poesia pelo  ar. 

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Senhora dos medos.



Maus presságios  me rondam
Estão à minha volta, bem aqui
Não andam só. Vêm em bandos
Me sussurrar as nefastas coisas do fim  

Um vendaval sopra
Trazendo os piores enredos
Redemoinhos de ideias, sufoco,
Mágoas, tristezas, horror que não é pouco
Ansiedade senhora dos medos.


O LUTADOR SILENCIOSO

luto com a vida e até contra mim
luto com as pedras e  os tropeços
que na jornada parecem ser o preço
para levantar a taça da vitória no fim

Nessa guerra silenciosa sempre  estou
ninguém sabe o quanto estou  lutando
mágoas e sonhos carregando
numa assustadora e árdua batalha vou

sonhos alegrias medos
ansiedade, esperanças segredos
viver tudo calado é algo precioso

Desistir? Não, não vou.
fui, serei e sou
um Lutador Silencioso

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Manhã Floresce


.
A natureza florescia em manhã  
abrindo pétalas de novo dia
com uma mistura de cores
 rajadas de vermelho e amarelo.
Desabrochava bem devagar
revelando o que a noite escondia.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Caminhos


Sentia que o caminho desprezado
Era o melhor  caminho a ser seguido,
Precisava ir. Era a saída.
Eis que se pôs a caminhar,
mesmo sabendo
Das agruras e pedras que nessa jornada poderia encontrar

Já não trilhava por ali há algum tempo
E viu que os estragos
Feitos pela chuva e as intempéries dificultavam seus passos
Mas não, já não tinha volta...
Começou, agora vai
Encontrou pedras de tropeços e flores lindas
Que apesar do maravilhoso aveludado das pétalas
E do perfume inebriante que faziam exalar pelo ar
Também tinham espinhos
E esses o feriram profundamente
Quando tentou colher uma flor
Agora é caminhar.
Sentir o pé no chão, as pedras cortando a carne,
Ramagens cheias de espinhos que perfuravam a sola do pé,
A poeira fazendo-o  atolar até quase o joelho

Não bastasse tudo isso ouviu  estrondo estarrecedores  que aumentaram os receios
e viu  um lápis invisível  numa caligrafia torta fazer alguns  riscos pelo céu , 
do nada Começou a chover
Uma chuva  fina a principio, mas que foi se intensificando até tornar-se torrencial
Essa foi mensageiro de mais  desespero, quanto  trouxe a lama , o  frio e  a desolação
Além das feridas provocadas Por enormes pedras de  granizo Que desceram em profusão
Agora era se jogar no meio,
não podia mais fugir
Enfrentar, por a mão da massa, deixar-se dominar por toda aquele cenário assustador. 
E foi, e foi...
Chegou até bem do outro lado
Mas quem vai tem que voltar...
E esse caminho percorreria outras vezes,muitas vezes o deveria trilhar. 
Até que um dia descobriria uma fonte cristalina Onde beberia seu cansaço,
à sombra de uma árvore de copa colorida, e muito  frondosa
Aos pés daquele divino monumento da natureza  despojaria todos os seus pesos
do tronco       desceria leite e mel.
E deixaria a bagagem solta ao chão
Enquanto sôfrego mataria a sede
E logo depois descobriria que ali  pendendo daquela árvore
haviam frutas saborosíssimas, frutas multicores de  muitos sabores
Para adoçar a boca néctares e manjares sonhados durante a caminhada.,
Dormiria  um sono tranquilo e reparador  após se fartar do lauto banquete
num cenário paradisíaco e bucólico
um  verdadeiro oásis
feito cena de filme...
Naquele mágico recanto  encontraria o premio pelas chagas
Pela poeira da estrada, os espinhos do caminho e  por todos os  tropeços.
Ansiava o prêmio, pois caro já pagara o preço.

terça-feira, 14 de abril de 2020

Vendilhões

sinos, uivos, galos
sirenes, noites, estalos
fogueira de sensações
pássaros voam
aves de rapina que entoam
cantos de perdições

Uma raça de víboras vem
barganhando o mal pelo bem
seres da noite, nefastos vendilhões.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Indagações

Perguntas
aos milhares me  vêm
Escravas do mal ou do bem
todas a me atormentar
o fim que do nada acontece
a morte impacta e entontece
e me levam a questionar


O sentido dessa existência
salpicada  de  ilusões e crenças
onde será que está?

quarta-feira, 8 de abril de 2020

terça-feira, 7 de abril de 2020

O galo.

O galo canta no quintal.  Seu canto ontem era alegre e alvíssaro, hoje é triste e melancólico.
Por que será que o galo mudou seu canto?

Arma e missão


elogiaram meus versos e textos
agradeço a essa gentil menção
mas penas uso a palavra
como  arma e como missão
a arma que dispara amor
e a missão de sempre transformar
a terra seca e árida do dia a dia
Fazendo Florescer  em  poesia
o solo por onde eu andar

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Serenidade

Hoje sou brisa
suave e serena
sol morno
de manhã amena

tenho a paz
de criança dormindo
igual à letra  da linda canção
que estava ouvindo

sou flor  de suave perfume
estrela  de poético  lume
canto de pássaros  e aconchego

hoje sou sobriedade
céu azul de  serenidade
ninado pelo sossego.


 Neste site,  um pouco da carreira literária de Múcio Ataide, seguindo o caminho das letras para  brindar a vida e descobrir seus encantos e...