quinta-feira, 23 de julho de 2020

A Casa Roxa


      Abriu a porta devagar.
     A velha  folha de madeira rangiu,  provocando com seu ruído desafinado o agigantamento do medo.
   Entrou  finalmente na  casa roxa. A velha tapera abandonada considerada por muitos mal assombrada. A construção guardava mistérios em seus umbrais e provocava arrepios. Era toda  roxa, por dentro e por fora.
        Avistou  algo estranho no meio da sala. Brilhava iluminado pela  luz da lua cheia belíssima daquela noite, que entrava atrevida pela porta recém aberta.
      Criou coragem, foi ate o meio da sala e viu o monstro. Era grande, gordo, cheio de pelancas, pele enrugada, nariz pontudo, sobrancelhas grossas pouco cabelo, usava roupas fora de moda e o olhava fixamente. Pensou:  Que coisa horrível! O tenebroso  animal parecia  imitar todos os seus movimentos.

   Saiu correndo e ao virar-se derrubou o espelho que tanto o assustara. 

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