Começou a viagem numa linda manhã . O sol começava a despontar, ainda não tinha muito calor em seus pouco raios, mas já brindava a manhã com a magia do seu lume . Considerava sempre um grande prazer ver o sol nascer na estrada. Indo para algum lugar, viver alguma nova experiência.
Abriu um pouco o vidro do carro e pode sentir uma brisa gostosa soprando enquanto aumentava o volume do som para ouvir a maravilhosa seleção que fizera para aquela viagem. A super play list que fazia voar pelo ar notas de alegria e também de tristeza.
No decorrer do trajeto de cento e poucos quilômetros, as emoções se alternavam. Sentia-se feliz olhando a bela paisagem das margens da estrada e o intenso movimento, que sendo artificial contrastava com a natureza, mas causava também uma certa alegria.
De tempos em tempos uma ideia ruim lhe vinha. Talvez o resquício da tempestade que caíra sobre sua vida em tempos recentes. E cada ideia trazia um conjunto de conexões e possiblidades. Se pensava algo aqui, algo aconteceria lá e no caminho de um ponto a outro milhares de pedras que poderiam fazê-lo capotar.
Uma dúvida, tornava-se
rapidamente uma certeza. As possibilidades insistiam em não permanecer na
estrada das possibilidase, elas cruzavam faixas ultrapassavam, fazia manobras
perigosas... As ideias são velozes, não respeitam limites nem radares. Nada. Pagaria
mil pedágios naquela estrada. Naquela viagem que começara com a alegria do novo
dia, invadida por nuvens escuras e densas que iam e vinham sob aquela estrada.
Viajva por estradas do mundo e por outras estradas dentro de mim. A de dentro tinha curvas perigosíssimas. Era muito arriscado transitar por ela.
O caminho era pedregoso em alguns trechos planos em outros, buracos, pedágios, ultrapassagens perigosas. Tudo de ajuntava naquela estrada.
Mas era preciso transitos. Tudo é transitar.
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