Depois da grande seca a chuva caía. E ela saiu a dançar na chuva e chamou aquele evento de chuva dourada.
A partir dai passou a chamar de
chuva dourada tudo o que existia de belo na vida. Chuva dourada de beleza e
encanto que caía quando uma flor desabrochava, quando alguém sorria,
quando um amor surgia, quando o cão latia, quando saboreava aquela comida
especial.
Chamava também de chuva dourada
de poesia o vento suave a bater-lhe no rosto, a beleza dos campos floridos, o verde, o ar , o respirar, a imensidão do mar, o brilho das
estrelas e a luz do luar...
Chuva dourada de poesia surgia quando os
pássaros cantavam. No céu azul, nas
nuvens de algodão, na água que refresca e mata sede. Em todos os cantos em
todos os momentos...
Chovia ouro em tudo o que olhava ,
quando olhava com os olhos do encanto, da poesia e da descoberta da vida que
existe e pulsa em cada canto.
Chuva dourada passou a ser tudo o
que era belo e tudo a que se deve dar
valor. Como aquela chuva que depois da seca passou a ser de ouro puro.
Um dia pegou um livro emprestado
de uma amiga, começou a lê-lo e viu uma chuva dourada de histórias que caiam
das páginas e banhavam de alegria seu coração.
Olhou a capa do livro e nela estava escrito: CHUVA DOURADA.
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