No dia de finados Marcos foi visitar os túmulos dos parentes nos cemitérios da cidade e ouviu alguém chorando muito. Ficou triste e uma onda de fim tomou conta de sua alma. As velhas perguntas sem respostas apareceram. A chamada crise existencial deu-lhe uma lambada com seu poderoso chicote. De onde? Para onde? Por quê? Para que? De que vale? Qual o sentido...
Depois de algum tempo alguma esperança veio apossar-se de si.
Uma coisa que estava para acontecer veio restaurar a fé insana numa pseudo
eternidade. Como se de um momento para outro o
homem colocasse a dor no bolso,
deixasse-a para depois e vestisse a roupa da ilusão. É verdade que tudo vai ao
fim, mas deixa o fim para o fim.
A mente é mesmo cheia de artimanhas. A flor mais bela pode
nascer na lama. Da tristeza vem a alegria, da alegria vem a tristeza.
O sentir é insano e totalmente irracional.
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