José Eleutério voltava dirigindo sozinho para a sua fazenda, estava um pouco bêbado e muito relaxado.
Foi pelo caminho pensando na noite agradável que tivera. Passou
horas gostosas no bar do Pedrão, um empório onde se vende de tudo,
localizado no povoado dos Canários, disto oito quilômetros de sua casa, bebendo e contando seus causos bravatas.
Gostava de reunir a turma, pagar bebidas para todos e contar
suas histórias mirabolantes . A maioria era mentira, e mentira absurda, mas adorava
o efeito que causavam durante e de pois da narração. A expectativa da turma o
animava e a cara de surpresa de todos após
o desfecho espetacular o divertia bastante.
Naquela noite contou o caso de um lobisomem que apareceu
para ele na estrada numa noite escura igual àquela e todos ficaram espantados
quando contou como lutou e venceu o bicho. Aquela narrativa foi tão real!
Encantou tanto que teve que contar várias vezes.
Agora ali naquela estrada deserta sob o clarão da lua cheia, à
meia noite de uma de sexta-feira, diante
do que via à sua frente pensava que na proxima reunião teria uma história a mais para contar, ou
talvez não.
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