Dirigia pela estrada no seu amado fuscão. Havia reformado o carro e estava muito feliz. Além da parte mecânica e elétrica totalmente em dia a preciosidade tinha a cor vermelha viva, rodas de liga leve em formato de cruz e alguns acessórios bem curiosos .O carango parecia mais novo que os novos e tinha muita estrada ainda para rodar.
Fazia deslizar pela rodovia o charme a elegância e o cuidado
nos mínimos detalhes. Um pequeno meteoro vermelho rasgando a noite.
Ter um carro antigo dá um certo status e desperta a curiosidade das pessoas. Era como
uma marca registrada. Ah é aquele cara do fusção.
E o fato de ter
reformado o carro fazia com que algumas pessoas entendessem que ali existia algo mais
que um veículo, um objeto que foi adornado preparado e cuidado com muito carinho. Dá muito
trabalho reformar e também gasta-se muito dinheiro. Era quase como um filho, um filho de lata,
charmoso, bonito e diferente. Sua marca registrada na mundo.
Tem gente que torce a cara, ah carro velho é carro velho, pode reformar que continua sendo velho. Alguns condenam o comportamento diferente e outros até esnobam Ah que coisa de pobre reformar carro. Tem que comprar o novo isso sim.
Outros apoiam, reconhecem o trabalho e o esforço despendido e aplaudem a inicitaiva.
As opiniões divergem, mas o charme vermelho vai pela estrada
levando dentro dele a alegria, a satisfação e a realização de um sonho.
Quando se decide cuidar de uma árvore, têm-se que plantar, regar, podar, adornar com terra e adubo, cinzelar, alimentar, para depois vê-la florir.
Com filhos de lata também é assim.
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