Meu pai tem um olhar de sol poente
Olhar no limiar do horizonte
Olhar não mais alem dos montes
Num brilho fosco e intermitente
Olhar sem a dante assaz vivacidade
Perdido muito ao longe, soturno
Divagante, triste, apático, noturno
Das cores da vida fugidia tonalidade
Será que um dia será outra vez,
Olhar de sol nascente, com avidez,
Irradiando o luzir da
alegria?
Sera que nascerá novamente
Raio de sol, “radiante” florescente
A retomar nesse olhar aquela magia?
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