quinta-feira, 28 de abril de 2016

Frase

Frase enviada para facebook de chiado Editora.
As melhores frases enviadas serão  publicadas no site.

A ESCADA

Um homem desce a escada suavemente, parece estar com medo de cair. A escadaria não é muito grande, são poucos degraus, pois trata-se de uma casa de dois pequenos  pavimentos.  Porém  quem o vê  assim tão indeciso pode apostar que não tem o hábito de usar  escadas, ou que esta lhe cause alguma espécie de fobia.
Mas, ele está acostumado a ver essa escada frequentemente, pois mora nessa casa por incontáveis anos. Talvez o trauma de um tombo tenha causado todo esse pavor. Os degraus rangem, balançam e tudo respira certa decadência.
 Uma casa mal cuidada com muita poeira guardada em cantos mal iluminados, carentes  de luz e de esperança . É madrugada e tudo está deserto. O silêncio seria completo não fossem os sons dessa descida.  
A casa é antiga, alguns moradores  também, os mistérios voam pelos ares em noites de vento,   e todos os que ali residem  já relataram  ouvir barulhos estranhos em certas  noites.  Alguns rangidos, sons  de correntes sendo arrastadas, uivos horripilantes,  essas coisas que todos aqueles que acreditam em fantasmas costumam contar.
Ele chega ao final  da escada e resolve voltar pois, esqueceu algo lá em cima .Faz um muxoxo lamentando a sua falta de atenção.
E assim sobe novamente, porém dessa vez sem medo e sem  usar nenhum degrau...

MÚCIO ATAIDE

- Conto inscrito no concurso de Contos da   Associação Casarão da Cultura Potiguar (Grupo Casarão de Poesia), www.casaraodepoesia.blogspot.com

sexta-feira, 22 de abril de 2016

PASSA PASSA

Autoria  Múcio Ataide

Passa aquela nuvem branca
E uma andorinha segue o bando
Passa um avião bem la em cima
E embaixo um carro quase voando

Passa aquele momento
Tão ansiosamente esperado
Se perde na areia do tempo
Fica sem valor o que era sagrado

Passam sonhos de uma noite
A realidade de um dia
Passa a dor que atormenta
Mas também passa a alegria

Juro mesmo que tentei
Segurar o mais que pude
Mas passou minha infância
E minha juventude,

A marcha da vida constante
Uma roda louca a girar
Passa o bem e o mal
Eu também um dia vou passar

Passam amores, dores alegrias
Aflições felicidades, passa tudo
Angustias, revoltas, noites e dias
Um dia passará o seu mundo


Passa a vida isso dá medo
Passa a prova e o teste
Passa o gozo em segredo
Passa-se a roupa que veste

Passa o trem la no trilho
Na estrada um caminhão
Até a uva passa
E esse seu risinho de bobão
Passa passa sem parar
Vida passa pra lá e pra cá
Passa a vida a desfilar

Passar é a sina
Movimento constante
Isso que a vida ensina
Lição que é um diamante

Viva o presente
Aproveite agora já
Não se segura o tempo
Esse momento de agora
 também  vai passar

Já dizia a canção
que eu vivia a cantar
"mas tudo passa tudo passará

e nada fica, nada ficará"

Obs: O trecho usado no final do poema refere-se à  música Tudo Passará  de autoria e interpretação do talentosíssimo cantor Nelson Ned, sendo essa o seu maior sucesso. 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

OUTROS MUNDOS

Que bom que é saber
Que em outros mundos posso estar
Mil aventuras  posso viver
Eu sei viajar sem sair do lugar

Para isso só é  preciso
Um objeto magico e quadrado
Basta eu pegar um livro
E tudo então fica arranjado

De papel ou digital
Novo ou velho não faz mal
So me da um prazer profundo


Sou herói príncipe rei
Sou o que quiser eu sei
E viajo pra qualquer mundo

Pitangui 15/04/16



quarta-feira, 13 de abril de 2016

Tempo


Nuvens densas escuras no espaço
vejo ameaças  em raios e  trovões
Aqui dentro nuvens de tensões
ameaçam tamanho estardalhaço

Mas o tempo assim tão severo
tarde de medo e desesperança
pode do nada  gerar tal mudança
e vislumbrar-me tudo  o que quero

brisa suave sopra  do sul
ceu negro vira  agora azul
nuvens claras novo tom


Tudo renato e risonho,
no céu do amor e dos sonhos
agora faz um tempo muito  bom





quarta-feira, 6 de abril de 2016

Vento

Sou um vento que sopra
Que sopra em mim e descobre
A manta negra que me cobre
E vai  sussurrando  em minha copa

Copa da arvore do meu ser
Sou o vendaval ou a brisa
Que devasta ou só  alisa
Varre o chão do meu viver

Tenho o sopro da vida
Nas minhas entranhas escondida
A arte de inspirar expirar

E bem no fundo do peito
De novo hálito todo  refeito
eu decido o que me deve soprar. 

 Neste site,  um pouco da carreira literária de Múcio Ataide, seguindo o caminho das letras para  brindar a vida e descobrir seus encantos e...