segunda-feira, 11 de setembro de 2017

TARDES DE INVERNO

  Autoria Múcio Ataide

O sol se deita na cama do horizonte. 
O dia foi duro,
 brilhou sem aplausos,  precisa descansar.
 Deixar que lua e estrelas venham lhe ninar e  acolher
Mas sem perder o costume de espalhar seu lume, 
 colore a tarde com um fascinante vermelho degradê
E  o dolente fim do dia  ganha aquela tonalidade vermelho/amarelada .
 Sangrando melancolia  e derramando poesia  aos sinos  de ave Marias.  
Tarde de um encanto e uma triste beleza ,
 o frio já sopra e a noite de inverno vem prometendo  surpresas.
A alma é flâmula agitada pelo vento
Que varre e sonda seus recônditos
E lá encontra mil portentos
Esperanças e medos...

Lembranças ao longe...
Meninice, frases não ditas,
Dores sepultadas no tempo
Tanta coisa perdida
Desalento onde antes tinha vida
Tarde é dama indecisa
Garbosa mas triste
Aguça todo o sentir
E toda mágoa que existe
Sopram mil ideias
Que vão do animo ao terror
Enfeitada de encantos somente
Seu fascínio  ameniza toda a dor
E promete trazer de novo o amor

La do outro lado do sol poente.

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