quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

DESEJO A TODOS UM FELIZ E SANTO NATAL E UM 2022 REPLETO DE PAZ, SAÚDE, FELICIDADE, REALIZAÇÕES E DE TUDO O QUE HOUVER DE MELHOR.

 Natal

Luz

Sino

Esperança 

Jesus

Menino

DOIS OLHOS (CONTO DE NATAL)

Depois da ceia, do amigo oculto e todo aquele ritual fomos deitar.

Eu não conseguia dormir, estava passando mal,  havia como sempre comido e bebido demais, sentia o estomago queimar, então fui até a cozinha para pegar um sal de frutas e ao passar pela sala vi que alguma coisa brilhava na árvore bem atrás da estrela que ficava no topo. Era uma árvore pequena, tinha poucos enfeites e não era iluminada. Fiquei curioso com aquilo achando que houvesse algo mágico por ali. A estrela brilhando poderia ser um sinal do além. Fui em direção à arvore e vi que haviam dois olhos brilhantes atrás dela e estavam olhando para mim.   Quando cheguei mais perto percebi que era um vaga-lume que se posicionou exatamente atrás da estela iluminando-a.  Ri de mim mesmo por pensar bobagens.

Voltei para cama e ainda não consegui dormir refletindo sobre aquilo. 

Voltei até lá e o vagalume agora brilhava iluminando o rosto do menino Jesus no presépio.

Não sei se foi algum sinal do além, mas aquilo me fez refletir sobre o sentido real do natal e também nas maravilhas da natureza. De onde vem a luz fosforescente que brilha nos olhos daquele bichinho? Quem acendeu aquela luz? E por que ela rondava os símbolos do natal?  Queria me mostrar algo ao iluminar a estrela e o Jesus menino? Estava eu me apagando para o significado do natal? Deveria aprender a olhar para o mundo e sentir a beleza existente em cada coisa? O que tudo aquilo significava? Ou tudo não passava de coincidências?  E nos pensamentos acelerados da madrugada insone todas as conexões eram possíveis.

Voltei até a sala para observar um pouco mais e o vaga lume pousava agora em minha foto, iluminando meu rosto e meu sorriso.

 Era uma luz que se acendia na madrugada. A luz mágica dos mistérios desse universo sem limites e sem fronteiras. A luz da reflexão, da renovação, do indagar sobre a amplitude desse mundo sem fim.

 Os olhos brilhantes que fizeram ver muito além. A luz que se acendia em meu interior e  me acordava para muitas coisas adormecidas dentro de mim. 

  Senti-me  renovado e com alguns novos propósitos.

A estrela do natal, o rosto sereno na imagem do menino, e o meu sorriso feliz iluminados pelos olhos brilhantes,  mágicos que testemunhavam  a perfeição da natureza, me fizeram ver muito além.

  Nascia algo novo em mim naquela noite de luz.

E os dois lindos olhos brilhantes  continuavam me olhando...  

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

GUARANÁ QUENTE

 Meu pai chegou de tardinha  trazendo uma garrafa de guaraná alterosa e colocou-a em cima do guarda-comidas. La no nosso beco do canudo.  Eu me animei todo, mas ele disse: - O guaraná é para amanhã,  para levar para a festa de conceição do Pará.  A garrafa ficou ali em cima do armário, pois não tínhamos geladeira naquela época. Então fiquei olhando o guaraná e imaginando  saboreá-lo. Nos meus tempos de menino  tomar refrigerante era algo raro de acontecer.

E a rotina do dia oito de dezembro dia da festa no santuário de Nossa Senhora da Conceição na cidade vizinha  de Conceição do Pará  todo ano se repetia.

Levantávamos cedo numa animação só! Vestíamos  nossa roupinha de missa,  abríamos o cofrinho com as moedas juntadas durante todo o ano para serem gastas na festa  e estávamos prontos para a  grande aventura.

 Minha mãe preparava uns sanduiches de carne com molho de cebola para levar, lá era tudo muito caro, então levávamos nosso próprio lanche, guardando o pouco dinheiro para comprar algumas coisinhas de lembrança.

Íamos para a praça da rodoviária, e ficávamos esperando o ônibus  “encher de gente”  e nos conduzir até o local dos festejos. Não  era uma espera ansiosa, pois tudo era diversão.

Saíamos pela estrada de chão com chuva ou poeira  e  ver a paisagem com a cabeça para fora  da janela  do ônibus era uma diversão a mais . Que alegria! Mamãe fechava os olhos quando passávamos pela pontinha da usina, ela tinha medo de ver a água correndo naquela valeta pequena.

Mamãe sempre nos contava historias acontecidas por ali, lembrando sua meninice como eu faço agora nesta roda das lembranças, que assim como aquelas rodas da usina,  nunca para de girar.

Chegávamos ao local da festa, mas mamãe logo ditava as regras: primeiro pegar a fila para entrar na igreja, beijar a imagem da santa, dar esmola,  depois assistir à missa e só então andar  pelas barracas. Ficávamos desanimados porque queríamos sair andando, mas  tínhamos que obedecer.

E assim tudo acontecia. Depois das funções religiosos saíamos serpenteando pela multidão encantos com tudo.  

Não podia faltar o retrato em negativo que só poderia ser visualizado num pequeno monóculo, a foto levava um bom tempo para ser revelada, tirada  de manhã e entregue à tarde.  Eu certa vez  tirei uma foto  vestido de cowboy montado num pônei.

Papai comprava alguns brinquedinhos para a gente, coisa barata. Eu sempre pedia um aviãozinho.

 Chupávamos um ou outro picolé.

 Mamãe se demorava um pouco nas barracas e ficávamos nervosos,  a perdíamos de vista e tínhamos que voltar.  Ela parava muito para olhar mercadorias  e  nós queríamos movimento. Então a censurávamos. Que bobagem! Para que pressa? Não era justo nossas reprimendas, pois ela também tinha o direito de ver as coisas e  fazer suas compras.  Hoje vejo como a pressa era uma besteira. Se soubesse que passaria tão rápido não teria pressa alguma. Olharíamos tudo devagar e saboreando bastante o clima agradável daquelas festas. Mamãe  nas paradas acabava comprando somente  utensílios para a  casa e coisinhas para nós , nunca nada para ela.

 Depois íamos a  um lugar mais reservado saborear  os sanduiches e tomar o almejado  guaraná  que continuava quente, mas a gente nem ligava.  Tudo tinha sabor de encontro de festa e vida eterna. Da efemeridade nada sabíamos.

Dificuldade de água e banheiro, aperto nos corredores, roubos, vendedores trapaceiros, eram entre outras coisas complicadas por lá.

Então papai falava, já está bom, vamos embora. Sempre na hora do regresso o velho  gostava de comprar abacaxi para trazer. E o cheiro dessa fruta sempre desperta em  mim o sabor delicioso dessas manhãs de 8 de dezembro. Falou em abacaxi me lembro da festa

Andávamos um pouco mais e  voltávamos enfrentando o engarrafamento da estrada que também não era estressante. Naquela época festa era festa de verdade do começo ao fim.

Era tudo gostoso, era tudo divertido, não tinha um resquício sequer de tristeza.

Mas veio a mão do tempo e fez o que ela sempre faz, se apodera dos melhores pedaços de vida e os esmaga um a um.

Se fechar os olhos e deixar a imaginar voar posso ouvir ainda o sino chamando para a missa, ver a fila que serpenteava em volta da igreja, o zumzumzum das rezas, o barulho das moedas caindo no cofre das esmolas, as músicas  em homenagem a  Nossa Senhora, os cheiros gostosos vindos das barracas de comidas, gritos dos vendedores abordando os clientes,  as musicas nas barracas de fita cassete, posso me sentir esbarrando nas pessoas nos corredores apertados...  Enfim  posso sentir todos  os  sons e sabores daquela época tão feliz!

 E tudo passou tão rápido parece que foi ontem mesmo. Se pudesse entraria numa máquina do tempo e  todo dia 08 de dezembro  voltaria s ser de novo aquele  menino, tê-los de novo aqui e viver aqueles momentos que à época eram tão comuns e agora no espelho colorido das lembranças são tão especiais. E essa frase continua aqui sempre que a lembrança vem: tudo passou tão depressa!

 

Quero de novo o sabor de vida que existia dentro daquela  garrafa  de guaraná, quente e delicioso!

 

 

 

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

DE NOVO NATAL

 E  então é de novo natal

e a vida com laços e e enfeites

carregada de planos e deleites

casa ornada da frente ao quintal

 

os mesmos sonhos do natal passado

os infalíveis  propósitos e planos

que se perderam no decorrer do ano

agora são revalidados

 

que não seja uma alegoria

que seja  verdadeira alegria

amor entrelaçado à lida

 

uma explosão um renascer

um novo modo de viver

mudança real de vida

 

domingo, 5 de dezembro de 2021

VAQUITA E BOILERO

 Eu tenho um amigo poeta muito talentoso que se chama Afonso Castro e reside na cidade de Maravilhas MG. Ele criou um personagens para usar em suas trovas e através dele dizer muitas coisas O personagem   é  o Boilero (um boi muito especial) . Essas trovas abaixo explicam bem a questão   

BOILERO VI

Já nasceu fadado ao escuro, 

filho da tal vaca louca.

Boi de carroça, pé duro, 

na vida pândega pouca.


BOILERO VII

"O Brasil por mim se ufana, 

não tem nada de sinistro.

Eu vivo na terra plana", 

são falas do Boi Ministro.

PS.: Boto na boca dos bois as falas que acredito e quero (risos)...

Afonso de Castro Gonçalves.

Maravilhas das Gerais.


Eu então resolvi fazer uma brincadeira com ele, na verdade uma homenagem na forma de uma crônica bem satírica  onde o mundo bovino é o assunto principal. 

O texto é uma brincadeira, uma sátira feito de forma descontraída e despreocupada  e  eu nem o corrigi, apenas fiz algumas aparas daqui e dali. 

 Parabens Afonso pelos seus belos versos. Muito sucesso para você. 

Vejam esta linda história de amor:


 Vaquita e Boilero

A história de amor começou numa exposição agropecuária.

A vaca olhou para o boi e começou a paquerá-lo. O boi retribuiu pois era muito boleiro.   Ela também era uma vaca boleira, e poderia ser chamada de  vaca leira, se algum poeta lá de Minas tivesse criado essa expressão.  Lembrou-se daquela frase que usava nos tempos de menina: A vaca mica o boi e o boi não dá leite. Foi amor ao primeiro balde.. O valente touro coçou o chifre no chão e resolveu abordá-la. Chegou  perto dela com o lero de boi  apaixonado. A vaca logo o classificou de boilero, um  boi cheio de lero. E assim começou aquele amor bovino, que apesar do perigo dos chifres (amor de bovinos sempre esbarra no chifre) prometia ser amor para toda a vida. Aquela relação prometia dar muito  leite.

Saíram pela night e foram dançar um bolero de rosto  quase colado, só não foi colado porque o chifre atrapalhou.

Depois foram até um lugar distante onde puderam observar as estrelas e ver a via láctea.

Ele contou muitas histórias, contou até aquela para o boi dormir. E assim foram se conhecendo pelos pastos da vida.

Boilero era primo do boi soberano que pertencia ao grande cantor e compositor Tião Carreiro. Fora tangido do Mato Grosso pelas estradas no sertão em noites e dias de caminhada. A vaquita como era chamada pelos intimos era premiada em exposições e até um pouco esnobe A vaca  era sobrinha neta do boi bandido famoso pelos rodeios do brasil e parente distante daquela pobre vaquinha que ia para o matadouro tão magra que tinha os ossos furando o couro.

 

Casaram-se e foram passar a lua de mel no Curral Resort em Uberaba. Foi lindo.

 Depois de algum tempo se engajaram na luta política e cantavam a música vida de gado, vaca profana  como sinal de protesto.

Protestaram também contra o poderio econômico representado pelo touro de ouro na bolsa de valores de são Paulo.

Eram livres pensadores, um pouco anarquistas, não quiseram  se filiar ao Jersismo nem ao Nelorismo.

Reclamaram da qualidade do pasto, do milho que lhes era oferecido. Fizeram protesto na porta de matadouros e frigoríficos contra a matança de sua espécie. E apoiaram as ações e invasões do movimento social chamado BSC boi sem curral.

No natal montavam um lindo presépio, e no presépio deles não havia ovelhas nem pastores, somente bois e vacas.

Um dia conheceram a obra de um poeta mineiro que usava muito um boi em suas trovas e ficaram extremamente felizes. Aquele era um poeta talentosíssimo tinha muito criatividade,  e não ficava só boiando nas trovas, mas fazia tudo com muito capricho. O boi ficou orgulhoso ao ver seu nome sendo usado em lindos versos poéticos e de protestos.  Era o poeta das maravilhas.

Tiveram apenas um filhinho, e deram a eles o nome de bezeleiro. Na hora de fazê-lo dormir evitavam cantar a música boi da cara preta, porque a achavam que a canção era racista,  mas cantavam  o couro de boi e também aquela:  Eu sou aquele boizinho que nasceu no mês de maio...

De repente o boilero ficou vaidoso. Estava se considerando um machão reprodutor e mudou todo o seu comportamento. Começou a sair por aí...

A vaca gostava de bater longos papos com o retireiro que vinha todas as manhãs. Ela desabafava com ele, falava do boleiro e que andava desconfiada que seu parceiro  estava pulando a cerca  e indo até a malhada que ficava na outra fazenda. E a fofoca se estendia por algumas horas.  A vaca chorava e dizia que não merecia o chifre.  O retireiro dizia que ela tinha que se cuidar mais, talvez colocar um silicone porque estava com a teta muito caída. A vaca disse que isso era culpa do próprio retireiro e do seu trabalho de todas as manhãs e  que  infelizmente aquela era a sua sina. O retireiro ficou triste com a depressão da amiga e disse que seu leite estava secando por causa disso, dali a pouco ia dar Leite ninho.  Ela chorava e  ficava ruminando aquela ideia de  que se ele já estivesse apaixonado por outra não adiantava chorar sobre o leite derramado.

O boi jurava que era mentira e que poderia ser mochado se isso fosse verdade. Podia até ter seus olhos arrancados e usados como tentos numa partida de truco.

Ela boilou uma forma de pegá-lo em flagrante com o chifre na massa. Então seguiu as patas pelo  pasto a fora e chegou ao local da traição.  Fez um escândalo quando encontrou o harem. Ali estava o boileiro com a malhada, a mimosa, a brabuleta,  a mocha, que viera lá do sítio do picapau amarelo  e outras . Até a estrela que ficou famosa porque foi tema de uma música e que pertencia ao poeta Patativa do Assaré ali estava. E fubá nem desconfiava.  Uma surubaca só.

A vaca rodou a anca, agitou a fraldinha, arrepiou a chã de fora, bufou  de raiva e saiu acém por hora. Parecia até que estava com a doença da vaca louca. Foi para cima das outras e fez o maior escândalo.

-Suas vacas! Eu vou mostrar para vocês – A vacada estourou e  começou  a saltar pelo pasto à fora.

Olhou para boleiro e disse;

-Seu sem vergonha. Eu sabia que estava me pondo chifre.

O boi amuado ficou no cantinho com medo. Não soltou nenhum mujidinho.  

Depois de uma boa bronca os dois voltaram para cá.

A principio a vaca pensou em abandonar de vez o parceiro. Manda-lo ir comer capim. Mas ruminou melhor as possiblidades  e resolver varrer a sujeira para baixo do casco.  

Não se falavam mais, nem um méee de bom dia. Nada. E ficaram alguns dias calados, parecia até que estavam brincando daquela brincadeira da vaca amarela pulou a  janela....

Passaram a dormir em currais separados

Aquele episódio quase terminou em divórcio. Mas enfim se reconciliaram e o boi prometeu se comportar.

A vida seguiu entre altos baixos.

Depois de algum tempo levaram o bezeleiro embora e os dois ficaram  ruminando aquela tristeza..

Envelheceram juntos e um dia   foram conduzidos a um matadouro onde boilero se despediu chorando de sua amada.  Reviveram sua vida quando os dois  ficavam de lero um com outro, e depois quando dançaram boleros. Os protestos contra o boi da bolsa ao som de vida de gado. Às vezes em que ele recitou para ela as belas trovas do poeta das maravilhas. Reviveram tudo no momento do fim. E se foram os dois juntos, vaca cadáver e boi defunto.

A vida é breve e como dizia o grande mestre espiritual ZEBUDA: não fique ruminando os problemas. Existe a época do boi gordo e das vacas magras. Às vezes é preciso dar o couro para vencer na vida. E não tenha  medo de mudar.  Muuude.

 

 


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

TORMENTA

 A tormenta se avizinhava.  O céu plúmbeo não deixava dúvidas de que cairia uma terrível tempestade com o terror colorido dos raios e o barulho assustador dos trovões.

  A pobre Marta estava apavorada. Tinha medo do que estava por vir e  se sentia acuada. Pegou o pequeno livro de orações e começou a rezar.  O céu escuro, o riscar dos raios e o barulho dos trovões pareciam desenterrar todas as suas  culpas. Via impropérios e promessas de castigos sendo proferidos em cada ribombar vindo dos céus. A ira implacável de deuses nervosos  estava para ser jogada   sobre a terra. Um arrepio pelo corpo uma vontade de se esconder em um lugar bem escuro e protegido.

Tudo acontecia à hora triste e melancólica  do crepúsculo, o que dava ao ambiente uma aura triste e fantasmagórica.

 Escureceu um pouco mais. A noite chegava e  Marta acendeu as luzes da casa, escondeu as facas, desligou alguns aparelhos elétricos da tomada e ficou andando pela casa para lá e para cá.

A noite chegou depressa. Acabou a energia da casa, então a escuridão foi total sendo interrompida apenas pelos assustadores flashes celestiais gigantes que traziam consigo milhões de fantasmas e monstros.

Pensamentos acelerados, mil possibilidades ruins, castigos, culpas e fim do mundo. Tudo misturado à claridade intermitente e aos barulhos assustados.

O terror de uma noite de tempestade sozinha em casa fazia Marta perdeu todo o seu juízo e a levava ao desespero total

  Rezou o ofício de Nossa Senhora, a oração a Santa Bárbara, A salve rainha por três vezes e um monte de outras rezas. 

A chuva  despencou provocando outro som assustador, caiu bem forte, mas foi rápida e então tudo serenou.

Marta se acalmou e suas culpas se esconderam outra vez. Elas voltariam na próxima tempestade.

A tempestade maior aconteceu dentro dela. A tempestade dos medos, da ansiedade e  dos pensamentos acelerados e catastróficos. Raios de medos, trovões de culpas, chuva de terrores. Tempestade no peito, nas nuvens da alma, no íntimo do ser.

 Nos céus da alma as tormentas vêm e vão. Dias claros e agitados se alternam. Chovem momentos bons e ruins.

 Neste site,  um pouco da carreira literária de Múcio Ataide, seguindo o caminho das letras para  brindar a vida e descobrir seus encantos e...