O escritor começava a escrever e uma magia acontecia. Ele se sentia protegido por algo superior e não conseguia entender por que do nada a inspirações surgiam. Falava consigo mesmo: - Hoje não tem jeito, hoje não vem nada. Nenhuma ideia pode romper essa barreira. Mas quando começava a escrita a magia acontecia, as ideias se organizavam, a história fluía liquida e quente com começo meio e fim, tudo surpreendente.
Então a poesia pousava no texto
como uma bela borboleta multicolorida pousa numa flor. Depois voa pelos campos
livres para espalhar a beleza de suas cores e a graciosidade de seus
movimentos.
E escrever tornava-se um mergulho
mágico no mar ora calmo, ora tempestuoso das letras com sua fantástica flora,
seus encantos e belezas.
E um novo mundo se fazia... Mundo
de mil aventuras e possiblidades.
E as teias da trama eram tecidas como as
perfeitas teias de uma aranha. Tudo entrelaçado, tudo no seu lugar, os encaixes
perfeitos. Fios de enredos, traçados de acontecimentos, nós de personagens. Uma
grande teia se formava para prender os leitores. Feito moscas eles eram
enredados na teia e não conseguiam se libertar dela. Caiu na teia mágica das letras, de lá não se
pode mais sair.
Era um ser mágico que se
apoderava de si e punha as coisas no lugar. Bastava começar para tudo se
ajeitar.
Nuvens, borboletas, flora marinha,
teia... Não! Nada! Nenhuma metáfora poderia definir aquela maravilhosa possessão.
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